Os trabalhadores terceirizados da ONG CIEDS (Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável), do contrato com o Instituto Nise da Silveira, na zona norte do município do Rio de Janeiro/RJ, estão sem receber salários e benefícios há quase três meses.
O atraso vem desde o mês de abril/2021, quando foram pagos os últimos vencimentos, e tanto a Prefeitura do Rio quanto a gestão do CIEDS vêm protelando a solução do impasse.
Enquanto isso, alguns trabalhadores precisaram ser afastados por questões de saúde mental e os que seguem trabalhando enfrentam uma grande pressão. Muitos já têm dificuldades para pagar aluguel, contas de água e luz, alimentação e transporte.
Soma-se a tudo isso o fato de que o contexto de pandemia aumentou a demanda em saúde mental, sobrecarregando os serviços da RAPS (Rede de Atenção Psicossocial), que não têm sido fortalecidos pela gestão municipal e sofrem com o sucateamento – espaços físicos sem manutenção, falta de medicamentos, alimentação precária e de baixa qualidade. Os usuários são diretamente afetados por essa situação, que dificulta os cuidados em saúde, sem mencionar os constantes atrasos no pagamento da Bolsa Rio (Bolsa de Incentivo à Desospitalização).
É preciso enfrentar, com urgência, a precarização do trabalho e o sucateamento dos equipamentos da RAPS!
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